Boas Festas e um Feliz Ano Novo

Eu tinha sonhos de criança, tive sonhos de jovem e tenho sonhos de adulto.

Algumas vezes os sonhos se transformam em objetivos...

Objetivos se desdobram em planos, etapas etc.

Tudo isto eu manipulava na cabeça e algumas vezes nas conversas, nos papeis, nos computadores... Coloquei tudo isto em vários lugares mas na verdade era e é tudo coisa que não existe.

Bom repetir...  

objetivos e planos são coisas que não existem.

Olhava então para os planos e objetivos e a vida real. Minha vida real, a casa, o carro, o trabalho, o lazer, os parentes, os amigos, os sentimentos, os desejos etc.

Percebia então várias ausências na minha vida.

Mais imagino também o que deve ser corrigido na minha vida, na vida dos outros, na cidade, nas sociedades e no mundo.

O pior é que

quando fico olhando para o que não há...
   

                               Deixo de ver o que há!

Sempre esqueço que não sei o que me aguarda na esquina...

Hoje estou bem de saúde, amanhã posso estar bem ou posso estar muito doente ou morto.

Agora tenho pessoas ao alcance de um toque ou de uma palavra de carinho mas bastam algumas horas e esta pessoa pode não estar mais ao alcance assim.

Hoje os negócios ou o emprego me incomodam mas pode ser que Segunda eu receba um convite para um novo emprego muito melhor, pode não acontecer nada.. Ou pode ser que eu perca meu negócio ou meu emprego!

Tenho certeza de que cada vez mais, pelo resto de minha vida, deveria curtir o que há de bom sem fugir do ruim. É quase como que um precisasse do outro: ruim e bom.

Como se um não se revelasse em plenitude sem o outro.

Um desejo para você que me lê... Vários desejos!

Possamos buscar e trabalhar para melhorar nosso ser, nossas vidas e o mundo em que vivemos, procurar diminuir as dores e os sofrimentos mas...

Possamos fazer isto sem endurecer o coração e sem transformar sonhos e desejos em objetivos e planos para executarmos cegos a qualquer custo.

Possamos ver e falar mais com as pessoas ao nosso alcance e curtir mais estes momentos porque nem sempre estaremos juntos neste mundo - e isto é certo e inevitável.

Possamos curtir nossa saúde sem descuidar da doença, curtir nossas alegrias sem fugir das tristezas, curtir a paz sem vivermos alienados das guerras, das violências e das dores.

Possamos sonhar porque os sonhos antes de se transformarem em desejos e objetivos já existem conosco e muitas vezes são as únicas experiências com que podemos contar para nos salvar da loucura e do desespero.

Sonhe mas viva neste mundo com a gente e as coisas que estão na tua vida e o que vier.

Possamos ser cada vez mais humanos e vivermos em plenitude sem nos tornarmos


         unidades de produção,
                 unidades de consumo,
                         unidades de prazer,
                                     unidades de guerra
                                                             et cetera




Possamos assim ser mais felizes sendo simplesmente cada vez mais o que somos.

Estes são meus votos para você e todo mundo que você quiser neste Natal e no Ano Novo.

Beijos e abraços com afeto!

De Verdade!

Fernando

Mysteries

Beth Gibbons



God knows how I adore life
When the wind turns on the shores lies another day
I cannot ask for more

When the time bell blows my heart
And I have scored a better day
Well nobody made this war of mine

And the moments that I enjoy
A place of love and mystery
I’ll be there anytime

Oh mysteries of love
Where war is no more
I’ll be there anytime

When the time bell blows my heart
And I have scored a better day
Well nobody made this war of mine

And the moments that I enjoy
A place of love and mystery
I’ll be there anytime

Oh mysteries of love
Where war is no more
I’ll be there anytime

Un bel di vedremo


Un bel dì, vedremo
levarsi un fil di fumo
dall'estremo confin del mare.
E poi la nave appare.
Poi la nave bianca
entra nel porto,
romba il suo saluto.

Vedi? È venuto!
Io non gli scendo incontro. Io no.
Mi metto là sul ciglio del colle e aspetto,
e aspetto gran tempo e non mi pesa,
la lunga attesa.

E uscito dalla folla cittadina
un uomo, un picciol punto
s'avvia per la collina.

Chi sarà? chi sarà?
E come sarà giunto
che dirà? che dirà?
Chiamerà Butterfly dalla lontana.
Io snza dar risposta
me ne starò nascosta
un po' per celia...
e un po' per non morire al primo incontro,
ed egli alquanto in pena chiamerà,
chiamerà: iccina mogliettina
olezzo di verbena,
i nomi che mi dava al suo venire

(a Suzuki)

Tutto questo avverrà, te lo prometto.
Tienti la tua paura,
io consicura fede l'aspetto.

(ária Un bel dì vedremo - Madama Butterfly, 2ºato)