Acordo.

No final da noite o vento carrega as folhas e a noite. As pessoas se movem sonolentas e cansadas em sobre as estruturas de pedras, concreto, asfalto e metal.

Tudo muito frágil declama o coro. Os corpos atravessam o ar frio permeado desta névoa invisível - evidência de que nada é e tudo somente está.

Esta névoa entra pelas minhas narinas e convulsiona algo no corpo. Solto os músculos e a névoa de tristeza com medo se mistura ao sangue, a carne e aos desejos.

Tudo muito frágil declama o coro. Agora de olhos abertos vejo a beira do telhado e de lá novamente observo o mundo, as pessoas e os fluxos no corpo.

Já é dia e os corpos se atiram uns contra os outros e contra si como bólidos em suas jornadas inevitáveis. O mundo tensiona e se estica pulsando em movimentos rápidos e bruscos.

Tudo muito frágil declama o coro. As pernas, braços, ossos e músculos fraquejam. O corpo está pesado e a mente salta rápida - fecho os olhos.

Sento.