Caminhar pela rua depois de uma chuva de verão, ouvindo as cigarras cantando e aquela mistura de odores de calçada molhada, chuva que se foi e noite que chega.
Voltar no tempo para um verão e acordar no escuro quando todos ainda dormem. Abrir a janela e ficar olhando para o céu que vai clareando devagar até chegar a hora de irmos para a praia.
Ter febre de 40 graus e perder a consciência. Ver luzes e formas, sentir e ouvir sons, reviver aquela experiência fascinante que mesmo com muito esforço não consigo mais evocar.
Ver uma estrela cadente e fazer um pedido.
Um sonho de creme.
21 de Outubro de 2004