Eu gosto muito de uma imagem que criei nos úlgimos anos e que procuro ter sempre em mente. Somos como cegos andando por uma grande floresta.
Submetidos à esta cegueira nem sempre percebemos nossa condição e como somos fracos e limtados. Andamos em círculos, tropeçamos nas pedras, raízes e troncos. Sentimos fome, sede, frio, calor e tentamos nos manter vivos.
Muitos andam acreditando que devem ir para lá ou para cá. Buscam encontrar pessoas com que sonham, lugares e coisas. Alguns vão juntando o que recolhem na jornada.
Algumas vezes, tropeçam e perdem tudo. Algumas vezes precisam deixar algo para trás.
Algumas vezes esbarramos um nos outros. E para alguns isto é muito inconveniente porque atrapalha suas buscas, então desviam e seguem atentos com medo...
Outros não aprenderam e andam de braços abertos e de mãos vazias...
E quando encontram alguém, naturalmente, abraçam! E quando este alguém também está de mãos vazias e braços abertos... Ah! Ficam muito contentes e celebram!
Destes grandes encontros de braços abertos na escuridão alguns seguem de mãos dadas.
São raros estes encontros e nem sempre podemos seguir com as pessoas que encontramos porém, no mínimo, sempre são inesquecíveis porque são da ordem do que nos traz vida.
Então procuro lembrar que estamos nesta floresta para os encontros. Só para isto.
Todo o resto é apenas o cenário desta tragédia em que brincamos ora como atores, ora como espectadores.