Gen 19, 17
Quando já estavam fora, um dos anjos disse-lhe: “Salva-te, se queres conservar tua vida. Não olhes para trás, e não te detenhas em parte alguma da planície; mas foge para a montanha senão perecerás.
Gen 19, 26
A mulher de Lot, tendo olhado para trás, transformou-se numa coluna de sal.
Eu sempre advoguei pela utilidade de olhar para trás buscando aprender com as ações e acontecimentos passados identificando os erros e os acertos. Assim fazendo procuro não apenas me tornar uma pessoa melhor mas aprender como posso ajudar aos outros.
Porém, o ser humano é marcado pela liberdade e algumas pessoas fazem suas escolhas pelo bloqueio e pela negação das possibilidades de aprendizado e evolução. E escolhas como estas são quase sempre danosas não apenas para estas pessoas como para os que estão com elas.
Assim, nem sempre é conveniente ficar e insistir principalmente quando já fizemos todos os esforços possíveis para evitarmos ou corrigir situações que consideramos perigosas e danosas tanto para os outros como para nós mesmos.
Não se pode esquecer que os avisos e sinais, como os anjos, vêm para todos e ninguém pode argumentar que não foi avisado e chamado. Só nos resta então, reconhecer a liberdade e a responsabilidade de cada ser com seu destino.
Nestes momentos trágicos, devemos ter a coragem de deixar os lugares e as coisas com que nos acostumamos, assim como as pessoas queridas que insistem em ficar e devemos seguir ainda que sem saber para onde ir ou sem ter ideia de como será o futuro.
E nesta fuga da destruição da vida e do que nos faz mal e que está além de nosso controle porque é fruto da escolha de outros, não devemos olhar para trás. Porque neste caso pelo menos, olhar para trás por qualquer motivo compromete seriamente as vidas que buscamos salvar.