Não sei bem do que escrever hoje. Ou melhor... Tenho vontade de escrever sobre coisas demais. Tantos assuntos que se entupiram na minha cabeça em uma briga frenética e não sai nada que preste.
Um turbilhão de pensamentos, lembranças, saudades, desejos, sonhos, idéias, intuições... Uma mistura de fluxos bons e maus. Tudo ali lutando para entrar na mora desta luz que minha consciência lança sobre um ou outro em busca de entendimento.
Tudo embaralhado aqui dentro e ao mesmo tempo tudo fora da minha vida porque nada é além do aqui e agora. No entanto, inegável que são forças e provocam reações em mim.
Isto deveria estar na minha vida? Porque não está? Poderia ter sido de outro modo? E se eu fizer algo? Pode ser de outro modo? Fiz... Não fiz... Faço... Não faço...
Ah tentação da raça humana! A armadinha de raciocinar sobre o que não é. Tomar posse das coisas, dos saberes, das almas e de si.
Ontem fiz uma experiência com o Tarot, tirei a carta "A Roda da Fortuna" aonde as três Moiras responsáveis pela Roda tecem o fio da vida dos homens na escuridão de sua gruta. Uma delas tece, outra mede e a outra corta.
Conhecer o futuro não aquieta a alma. Tão pouco aquieta a lembrança dos acontecimentos bons ou dos erros do passado. Também não aquieta conhecer e ver o que há no presente se acabamos olhando o invizível ou além das ilusões.
Hoje, só queria saber menos, ver menos e ter mais paz. Por isto, vou me levantar, lavar a louça do café, arrumar a casa, lavar a roupa, preparar o almoço, sentar na poltrona e ver TV, talvez... Durante a tarde me sente no chão para organizar papeis.
Assim espero estar pronto para as mudanças: tranquilo e com a casa arrumada.